quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ausência

A tua ausência perturba-me. Dói-me. Sim. Não sei porquê, mas sim, dói-me. Essa tua mania de fazeres tudo e depois agires como se não tivesses feito nada. Essa tua mania de, quando eu resmungo, dizeres: "Ah? Não percebi...". E eu, com a minha mania de me "pisgar", despeço-me com um simples: "Usa a cabeça, ela não está aí só para andar colada ao pescoço". E assim, eu não te explico o que tu não entendes (ou finges não entender?) e tu não me procuras mais...para nada...nunca mais.
Quantas vezes eu disse: "Tenho que te lembrar que tu é que quiseste? Se não tivesses tomado a iniciativa, nunca me teria metido contigo". E sim, realmente é verdade, mas...sinceramente, a tua presença/ausência há muito que não me é indiferente. Afecta-me. Mexe comigo. E muito. Por isso, agora percebo. O quê? Que o que eu te disse uma vez acerca de me ser indiferente se não quisesses ter mais contacto comigo, que aceitava isso, que por mim era "na boa", ai...era mentira. E que grande mentira!
Mas só agora, passados estes meses, é que o percebi. E porquê? Porque como eu já ouço dizer há muitos anos, "só damos valor às coisas (entenda-se, às pessoas, neste caso) quando as perdemos".
E é isso que, se ainda não aconteceu, está a começar a acontecer.

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