quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tu sabes lá

Anteontem estranhaste-me. E com razão. Eu estava estranha. Estava diferente, sim. Mas tinha (e tenho) motivos para isso. A minha vida está uma confusão. A minha cabeça anda toda baralhada. São demasiadas coisas ao mesmo tempo, para uma pessoa só.
Preocupo-me contigo...e para quê? Para tu não dares valor ao que os outros fazem por ti. Não quero nada em troca, não quero reconhecimento, não quero prémios. Mas era bom, pelo menos, saber que também estás lá (ou aqui) quando eu preciso. E não sei isso, não o sinto. Porque não estás. Tu nunca estás. E eu tenho que aguentar tudo sozinha, porque não quero falar com mais ninguém. Não quero falar aos outros sobre a minha doença, não quero falar sobre a minha despedida dos meus meninos...e de tantas outras coisas. Eu sei que à primeira vista, para a maior parte das pessoas, podem parecer coisas demasiado simples e fáceis, mas não são. Acredita que não são.
As pessoas sabem lá...tu sabes lá o quanto me custa andar a fazer de cobaia, a experimentar medicação, para ver se o problema é daqui ou dali. Sabes lá o que é passar os dias com enjoos fortíssimos provocados pela medicação (e mais alguns efeitos)...coisa que vou ter que aguentar diariamente ao longo dos próximos 4 meses. Para, se calhar, não dar em nada e voltar a ser cobaia, com mais medicamentos, para ver se é de outra coisa.
Tu sabes lá o que é ter que me despedir daqueles "miúdos" fantásticos com quem tive a oportunidade e a sorte de lidar quase diariamente desde há 9 meses atrás. Sabes lá como são esses miúdos e tudo o que criei com eles e para eles. Miúdos capazes do pior...e do melhor. Miúdos que partilham experiências, aventuras. Com quem ri...a quem, por vezes, tive que dar puxões de orelhas...mas que são únicos e insubstituíveis.
Miúdos que nunca esquecerei...
Os meus meninos...
Tu sabes lá.

sábado, 17 de julho de 2010

Sai

Depois de tanto tempo a dar-te a mão, ela é que tira o proveito. Porquê? Diz-me. Tenho estado sempre aqui para ti. E tu, estás para quem? Para ela.
Porque é que fazes parte da minha vida? Porque é que tinhas que entrar nela? Sai! Sai de mim!
Maldito dia em que te conheci. Maldito dia em que fui contra tudo e contra todos e te encontrei.
Há tantos anos! Há tantos anos que eu estou aqui só para ti, e tu...tu nunca estás aqui para mim. Nunca. Só estás para as outras. E eu sempre aqui. Eu sempre a ver-te. E sempre a dar-te a mão. E sempre a ver-te largá-la para a dares a outras. Não aguento mais isto. Não aguento!
Sai da minha vida!
Sai de mim!
Sai!
Sai...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Quando a mulher se cansa

Obrigada por me dares a conhecer esta música Tcho :)

Ainda bem que ela faz parte dos teus dias...assim sempre que te estiveres a esquecer de certas coisas, podes ouvi-la para reavivares a memória :)

Todos deviam fazer o mesmo e valorizar mais quem têm ao seu lado...esquecemo-nos de o fazer demasiadas vezes...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ser Amigo


Sorrir quando ele sorri
Chorar se ele chorar
Conversar, contar, desabafar
Esquecer, perdoar
Pedir perdão, confessar!

Confiar, acreditar
Não mentir, não enganar
Não trair, não esconder
E amar, amar!

Ser sincero, verdadeiro
Não julgar, não criticar
Ser sempre um bom companheiro:
Não decepcionar, não desapontar!

E no coração, algo sentir...
Um sentimento chamado amizade
E que ninguém pode destruir!

Cláudia Peneda

Para que saibas que aconteça o que acontecer, podes sempre contar comigo :)
Quando rires e, acima de tudo, quando chorares, eu estarei lá...sempre!

sábado, 3 de julho de 2010

As coisas que tu dizes


"Adoro-te", dizes tu. Como és capaz de fazer isso? Como é que me consegues desarmar assim? De me deixar sem resposta?
"Adoro-te", dizes tu. Não percebo. Como és capaz de me dizer isso ao fim de uma discussão, de uma troca de acusações?
"Adoro-te", dizes tu, depois de me dizeres que queres ir embora. E que se isso acontecer, vai ser indiferente para mim, porque não te ligo nenhuma.
"Adoro-te", dizes tu, depois de eu te chamar à razão e te fazer ver que a tua ida para longe não me é indiferente. Que tu não me és indiferente.
"Adoro-te", dizes tu, depois de admitires que sabes que tudo isso para mim não é indiferente.
E foste embora. Assim. Com um "adoro-te".

"Adoro-te", dizes tu.
"Adoro-te" digo eu.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O "Bicho"

Ontem voltei ao médico. Fui saber do resultado dos últimos exames que fiz. Estava tudo bem, à excepção do costume. O "bichinho" continua lá. Ou melhor, cá. Aqui. Dentro do meu corpo. O maldito "bichinho" que tanto me cansa e me desgasta. O que serás tu? Vais ficar aqui para sempre? Ou vais fazer as pazes comigo e dar tréguas ao meu corpo? Quanto tempo mais é que isto vai durar?
Vai-te embora "bicho" maldito!
Cansas-me tanto...
Vai-te embora!
Vai!
Vai...
Deixa-me viver!
Deixa-me...